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Posts Tagged ‘aids’

O parlamento belga condenou Bento XVI. Segundo HazteOir:

Algunos medios de comunicación y políticos europeos han desencadenado una reacción violenta en contra de las declaraciones del Papa sobre el combate al sida. La postura más intolerante ha venido por parte del Parlamento belga, quien aprobó por amplia mayoría una resolución en la que instó al Gobierno a condenar las “declaraciones inaceptables” del Papa contra el uso del preservativo en la lucha contra el sida y a protestar oficialmente ante el Vaticano.

O caso enseja pelo menos duas considerações interessantes.

Primeira: quem é o parlamento belga para “condenar” as declarações do Papa?! Note-se que não  estamos falando na mera opinião expressa por políticos belgas, e sim numa resolução aprovada que faz com que o Governo condene as “declarações inaceitáveis” de Bento XVI. Oras, o Santo Padre não está impondo a Doutrina Católica ao governo belga. O Santo Padre, aliás, nem mesmo estava falando ao governo belga! Por que motivo as suas declarações seriam “inaceitáveis” a ponto de receber não somente uma réplica no plano das idéias, mas um documento oficial do Governo? A Doutrina Católica não pode mais ser exposta? Cliquem aqui para escrever a diversas embaixadas belgas criticando esta resolução!

Segunda: posso estar enganado, mas não lembro de ter visto autoridades africanas condenarem as declarações de Bento XVI. Quem as condena são a Bélgica, a França, ONGs, etc… oras, por qual motivo será que aqueles governos a quem foram endereçadas as palavras do Papa e que mais sofrem com o problema da AIDS são justamente os que menos vemos fazer estardalhaço contra Sua Santidade? Talvez os dados abaixo – tirados da matéria de HO acima linkada – expliquem um pouco isso:

Suazilandia: 5% de católicos, 42,6% infectados de SIDA

Botswana: 4% de católicos, 37% infectados de SIDA

Sudáfrica: 6% de católicos, 22% infectados de SIDA

Uganda*: 43% de católicos, 4% infectados de SIDA

* En 1991 el 15% de la población estaba infectada en Uganda, 10 años después esa proporción se redujo al 4%. En los últimos 20 años, Uganda ha sido la única nación que ha reducido el sida hasta en un 75%, hecho reconocido por Naciones Unidas.

É muito fácil falar quando se está fora do olho do furacão…

P.S.: Esta resolução do parlamento belga foi aprovada no início do mês. O Vaticano já se manifestou contrário a ela.

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1. Em defesa de D. José Cardoso Sobrinho, texto do dr. Rodrigo Pedroso. “Apenas uma pequena minoria se posicionou contra o padrasto pelo crime cometido e menos ainda contra o aborto praticado. A sanha, o ódio, o xingatório se voltaram quase que exclusivamente contra Dom Cardoso Sobrinho e contra a Igreja Católica”. As considerações feitas pelo Dr. Rodrigo não são novas, mas são importantes e estão expostas de forma clara e concisa.

2. Papa está certo, sobre a AIDS. É uma versão em português da matéria aqui citada, “do médico e antropólogo Edward Green, uma das maiores autoridades mundiais no estudo das formas de combate à expansão da AIDS. Ele é diretor do Projeto de Investigação e Prevenção da AIDS (APRP, na sigla em inglês), do Centro de Estudos sobre População e Desenvolvimento da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Uma das instituições educacionais mais prestigiadas do mundo”.

3. O Papa e a AIDS, artigo de Dom Fernando Rifan que está no site da CNBB! “A distribuição de preservativos, como solução para o problema, insinua e inclui como pressuposto a promiscuidade, uma das principais causas da AIDS, convidando ao desregramento sexual. O fim bom não justifica utilizar meios perversos. Evitar a AIDS é ótimo, mas fomentar a promiscuidade é péssimo. Não se estaria utilizando um inibidor para a AIDS – o preservativo – que, em última análise, pode se tornar causa desta mesma doença? E depois chamam de irresponsável a quem dá um grito de alerta. O Papa João Paulo II já havia advertido: “o uso dos preservativos acaba estimulando, queiramos ou não, uma prática desenfreada do sexo”. Propagar a promiscuidade é um meio de propagar a AIDS”.

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Para a mídia tupiniquim, o Papa “distorce fatos sobre preservativos”. Cita-se, com muita pompa, a “respeitada revista médica Lancet” para dizer que o Papa vai na contramão da ciência e – ainda mais! – que precisaria “se retratar” (parece que agora virou moda exigir retratações) por ter tido a ousadia de questionar a borracha salvadora da humanidade:

“Quando qualquer pessoa influente, seja um líder religioso ou político, faz uma falsa declaração científica que pode ser devastadora para a saúde de milhões de pessoas, ela deve se retratar ou corrigir os registros públicos”, disse o editorial.

O que não sai na mídia tupiniquim – óbvio – é o pronunciamento de Edward Green, diretor da AIDS Prevention Research Project at the Harvard Center for Population and Development Studies, que concorda integralmente com o que falou o Papa Bento XVI. Segundo ele:

“Há”, Green acrescenta, “uma associação consistente mostrada por nossos melhores estudos, inclusive o U.S.-funded Demographic Health Surveys, entre maior disponibilidade e uso de preservativos e uma maior (não menor) taxa de infecção por HIV. Isto pode ser em parte graças a um fenômeno conhecido como compensação de risco, o que significa que, quando alguém usa uma ‘tecnologia’ de redução de risco (como camisinhas), com freqüência este benefício (da redução do risco) é perdido por [este alguém] ‘compensar’ ou ‘assumir’ maiores riscos do que alguém assumiria sem a tecnologia de redução de risco”.

Curioso, não?

Ah! Outra coisa: os bispos dos Camarões deixaram claro que as declarações do Papa Bento XVI, ao contrário do que foi noticiado, não provocaram nenhum mal-estar no país africano. E acusaram o Ocidente de “desinformar” sobre a visita do Papa…

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– Sobre os preservativos e a AIDS, parece que a ONU finalmente deu o braço a torcer e condescendeu com o óbvio: fidelidade e abstinência previnem HIV. Como a Igreja sempre disse. Não tive, contudo, acesso ao comunicado original; ao que parece, a ONU continua insistindo, sim, no uso dos preservativos. Tem gente que não aprende nunca…

– Olavo de Carvalho falou sobre o deus dos palpiteiros; não entendi muito bem a parte positiva da argumentação dele, que me pareceu aliás subjetivista e errônea (Longe de poder ser investigado como objeto do mundo exterior, Deus também é definido na Bíblia como uma pessoa, e como uma pessoa sui generis que mantém um diálogo íntimo e secreto com cada ser humano e lhe indica um caminho interior para conhecê-La. Só se você procurar indícios dessa pessoa no íntimo da sua alma e não os encontrar de maneira alguma, mesmo seguindo precisamente as indicações dadas na definição, será lícito você declarar que Deus não existe.); mas a parte negativa está precisa: “Se Deus é definido como onipotente, onisciente e onipresente, é desse Deus que você tem de demonstrar a inexistência, e não de um outro deus qualquer que você mesmo inventou conforme as conveniências do que pretende provar”.

– Vale muito a pena também conhecer a Declaração de Madrid contra o aborto, excelente “manifesto dos 300” que já conta com mais de 1200 assinaturas de “professores de universidade, pesquisadores, acadêmicos, e intelectuais de diferentes profissões”. Um aborto não é só a «interrupção voluntária da gravidez», mas um ato simples e cruel de «interrupção de uma vida humana»: eis os fatos como eles são. Que Deus nos livre do aborto; como diz a mesma declaração, “[u]ma sociedade indiferente à matança de perto de 120.000 bebês ao ano é uma sociedade fracassada e doente”.

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Respondendo a uma pergunta sobre a posição da Igreja Católica frente ao HIV/AIDS, considerada por alguns como irrealista e ineficiente, o Papa disse:

“É minha convicção acreditar que a presença mais importante no front da batalha contra o HIV/AIDS é de fato a Igreja Católica e Suas instituições. (…) O problema do HIV/AIDS não pode ser superado com meros slogans. Se a alma está deficiente [if the soul is lacking], se os africanos não se ajudam uns aos outros, o flagelo não pode ser resolvido pela distribuição de preservativos; bem pelo contrário, nós corremos o risco de agravarmos o problema. A solução só pode vir através de um duplo compromisso: em primeiro lugar, a humanização da sexualidade – em outras palavras, uma renovação espiritual e humana que traga uma nova maneira de agir para com o outro; e, em segundo lugar, uma amizade verdadeira, sobretudo para com os que sofrem, uma prontidão – mesmo que seja através de sacrifício pessoal – para sustentar [to stand by] aqueles que sofrem”.
[Vatican Information Service]

É bem sabido que a Igreja se opõe ao uso da camisinha; não – como dizem alguns expoentes da ignorância coletiva – porque “prefere que as pesssoas peguem aids do que usem camisinha”, mas exatamente ao contrário: porque Ela sabe que não se pode combater a AIDS sem que se combata primeiro a promiscuidade. Ela sabe que não existem receitas miraculosas, nem panacéias universais para que vivamos em uma Terra sem males. Ela sabe que a insistência em um erro não pode produzir senão erros ainda maiores.

A Igreja – como disse o Papa – é a presença mais importante no front do combate contra a AIDS. E eu diria ainda mais: é a Única que não atrapalha. A Única que vai ao cerne do problema. O Papa afirma claramente que a mera distribuição de preservativos pode até mesmo agravar o problema da AIDS; por tocar na ferida do ídolo moderno, é atacado com violência (tanto que até mesmo o porta-voz da Santa Sé teve que se manifestar). Ao redor do mundo, a França diz que os comentários do Papa são “uma ameaça” e o “representante no Brasil do órgão das Nações Unidas para o combate à doença (Unaids), Pedro Chequer”, chegou a chamar o discurso do Papa de “genocida”. Permanecem, contudo, no mero jogo de palavras; a posição da Igreja – contra a qual se levantam furibundos todos os Seus inimigos – dá resultados.

Por exemplo, na Uganda, a política “ABC” de combate à AIDS (primeiro, Abstinence; depois, Be faithful e só por fim Condom – a ênfase é dada na abstinência, na fidelidade, e só em último lugar na camisinha) é a única no mundo que tem trazido resultados significativos no combate à AIDS.

Por exemplo, em Washington, o embaixador da Suazilândia incentiva a abstinência na luta contra a AIDS. Olhando para as políticas eficazes da Uganda, a Suazilândia também resolveu aplicá-las e, por isso, para a AIDS, “o contágio de pessoas infectadas caiu de 42,6 por cento em 2004 para 39, 2 por cento este ano”.

Por exemplo, o Population Research Institute, da Universidade Estadual da Pensilvânia, afirmou que “a Igreja Católica desempenha um papel essencial na contenção da epidemia de AIDS na África”. Vale citar:

A Tailândia tem aproximadamente sessenta milhões de habitantes. Lá existem fortes programas divulgados para o uso de preservativos. Em agosto de 2003 existiam no país quase 900.000 pacientes registrados com AIDS e, aproximadamente, 125.000 óbitos por AIDS.

Em 1991, a Organização Mundial de Saúde previu para esse intervalo de tempo cerca de 60 a 80.000 casos registrados de AIDs.

Essa cifra se contrapõe aos filipinos católicos com setenta milhões de habitantes. Entre os filipinos quase não existe propaganda de preservativos.

Em 30 de setembro de 2003 havia naquele país exatamente 1.946 pacientes com AIDS e 260 mortes por AIDS. Essa é uma fração dos 80 a 90.000 casos, os quais a Organização de Saúde havia previsto para as Filipinas no ano 2000.

De onde se vê que a Moral Católica não é uma coisa “irreal” e “ineficiente”. Irreal é esperar que coisas boas advenham de comportamentos morais desregrados. Ineficiente é combater a AIDS incentivando a promiscuidade.  Irresponsáveis são os lunáticos irracionais que têm verdadeira fé na salvação do gênero humano pela borracha. Em defesa das vítimas da AIDS, no entanto, existe a Igreja Católica; e, independente dos ataques que Ela sofra, vai continuar a oferecer auxílio aos que sofrem. Mais uma vez, os fatos mostram que Ela está correta; e o próprio estrebuchar dos Seus inimigos revela-o de modo insofismável.

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Distribuição de camisinhas?!

Muitos teóricos da prevenção à AIDS e a outras doenças sexualmente transmissíveis (DST) dizem que a melhor maneira de evitar o contágio é usando um preservativo (a chamada “camisinha”). Deste modo, com o objetivo aparentemente nobre de evitar que as pessoas fiquem doentes, eles incentivam a distribuição de camisinhas nas ruas, praças e até mesmo escolas.

Este, contudo, é um grave engano, com conseqüências muito graves. Estes teóricos parecem esquecer que o desejo sexual é uma das forças mais potentes que agem sobre o ser humano. Ao longo da História, uma das maiores preocupações de toda sociedade foi a busca de meios de canalizar este desejo para que ele não leve a um comportamento desregrado. Não se trata de moralismo barato ou hipocrisia, mas do reconhecimento de que todos nós temos desejos sexuais e precisamos refreá-los para que possamos respeitar devidamente os outros.

Respeitar o próximo significa, entre outras coisas, vê-lo como uma pessoa, em sua integridade, respeitando sua liberdade e seu corpo. Se os desejos sexuais que temos em relação a uma pessoa que nos agrade não forem refreados ao menos um pouco, trataremos esta pessoa como um objeto sexual; se eles não forem refreados de modo algum, veremos como comportamento normal e aceitável servir-se desta pessoa como de um objeto, podendo até mesmo estuprá-la.

A maior barreira que todas as sociedades civilizadas ao longo da História desenvolveram para impedir que o estupro se tornasse algo normal e aceito (como o é, por exemplo, entre algumas tribos indígenas) é o que os antropólogos chamam de “tabu”: a proibição do sexo que não ocorre dentro de parâmetros firmemente determinados de modo a não causar problemas à sociedade.

De alguns poucos anos para cá, a nossa sociedade parece ter-se esquecido disso. Com o surgimento de doenças sexualmente transmissíveis que podem matar, como a AIDS, iniciou-se uma campanha que propõe o uso de uma barreira física no ato sexual – a camisinha –, impedindo a passagem dos espermatozóides e da maior parte dos vírus. A camisinha, que não era assunto de conversas educadas há menos de uma geração, passou a ser propagandeada como sendo a solução para todos os problemas, eliminando na prática o tabu das relações sexuais fora de circunstâncias benéficas para a sociedade. A promiscuidade sexual (múltiplos parceiros, sem qualquer compromisso social ou emocional) passou a ser vista como algo aceitável, desde que haja uma barreira física, a camisinha, durante o ato sexual.

Os adolescentes, cujos corpos estão em plena ebulição sexual e cujos desejos sexuais agem com muito mais força que os dos adultos, deixaram de ter a proteção que o tabu lhes oferecia, e receberam uma virtual autorização das autoridades – muitas vezes contra a vontade dos pais – para não mais tentar submeter à razão seus desejos. Os desejos sexuais saíram da gaiola em que eram contidos e passaram a ser vistos como a bússola que deve guiar os atos de cada um. Ao dar a um adolescente uma camisinha, dizendo-lhe “se for ter relações sexuais, use isto”, o que ele ouve é “tenha relações sexuais”. É isso que seu corpo já lhe diz, e é isso que ele quer ouvir.

Sem que haja o tabu que o ajudava a conter-se e a direcionar suas energias para objetivos mais nobres, o adolescente passa a considerar que o desejo sexual tem o direito de dizer-lhe o que deve fazer, e a camisinha na carteira é percebida como um bilhete de entrada na área VIP do reino dos prazeres, como algo que permite que ele faça tudo o que quer fazer.

O risco de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), assim, aumenta ao invés de diminuir. Afinal, estamos falando de seres humanos, que cometem erros, que bebem por vezes um pouco além da conta; afinal, adolescentes nunca foram conhecidos por saberem a hora de parar de beber. Em circunstâncias normais, o uso da camisinha diminui bastante os riscos de contágio por DSTs; estima-se que o risco de contágio em três relações sexuais usando camisinha é o mesmo de uma relação sem usá-la. Ora, se não houvesse este incentivo à promiscuidade sexual, a maior parte dos adolescentes passaria por este período sem ter relações sexuais. Com este estímulo, a maior parte acaba tendo, ao menos durante algum período da adolescência, um comportamento promíscuo. O número de relações sexuais de um adolescente exposto a este tipo de estímulo é certamente mais do que três vezes maior que o de um adolescente ensinado a abster-se, a resguardar-se e respeitar-se.

Ao mesmo tempo, a superficialidade das relações, a falta de respeito consigo mesmo e com o outro, causa freqüentemente danos permanentes à frágil estrutura psicológica em formação dos adolescentes, danos cujos efeitos serão sentidos e lamentados ao longo de toda a vida. Os parceiros sexuais deixam de ser vistos como pessoas, e tornam-se objetos sexuais. O prazer sexual substitui o conhecimento mútuo, e o que era um namoro acaba por tornar-se uma troca de favores sexuais entre quase-desconhecidos. Não é à toa que em nenhuma sociedade civilizada, em nenhuma tradição religiosa, o sexo “casual” seja considerado aceitável: ele é a porta que se abre para o desrespeito, para os problemas psicológicos, para a propagação de doenças físicas e mentais.

Os efeitos terríveis das políticas de distribuição de camisinhas já foram percebidos pelas autoridades norte-americanas, que – após um aumento enorme no número de contágios por DSTs e de gravidezes de adolescentes, além de casos ainda mais graves, como uma escola em que as meninas vendiam favores sexuais aos rapazes em troca de balas e picolés – hoje recomendam que se ensine aos adolescentes a verdade: não é usando camisinha que eles podem realmente evitar doenças sexualmente transmissíveis, mas sim evitando as relações sexuais.

Se você tiver um filho adolescente, for professor ou de qualquer outra forma tiver contato com eles, lembre-se disso: não é incentivando-o a fazer algo inseguro e errado, com uma barreira que diminui o risco, que você o estará ajudando. Ajudá-lo verdadeiramente significa ajudá-lo a controlar-se, a manter seu desejo sexual sob controle, a respeitar a si mesmo e aos outros. Só assim você o estará ajudando a ser uma pessoa melhor. Diga a ele que é nele que você confia, não em um pedaço de borracha, e ajude-o a esperar o momento correto.

Quem ama espera.

© Prof. Carlos Ramalhete – http://www.hsjonline.com – Por favor copie e divulgue

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Lula e o aborto

Recebi, hoje, por email, uma notícia do Terra com a chamada “Lula critica Igreja e propõe dia contra a hipocrisia”. Nem li. Não, quando se trata do Presidente da República, do alto de sua sabedoria nossa velha conhecida, eu tinha de ler o que ele tinha dito, com as suas palavras. O discurso deu-se na abertura do Seminário “Mais Mulheres no Poder: Uma Questão da Democracia”, e a íntegra todos podem conferir no site da Presidência. A parte que nos interessa, e aqui reproduzo, é a parte em que o presidente comenta o lamentável caso de aborto aqui em Pernambuco. Pois bem, terminado o exórdio a essa obra de sabedoria suprema… aí vai:

“Recentemente, vocês viram aquele problema da menina de Pernambuco, que engravidou.  Vocês viram? [Há! Viram mesmo? O problema da menina já não mais é ter sido estuprada, mas estar grávida] É mais do que absurdo. Como é que se pode proibir a medicina de cuidar de uma menina que ficou grávida indevidamente? [Olha, eu nunca vi gravidez ser tratada como doença, mas mesmo considerando-a assim, alguém aqui quis impedir os médicos de prestar-lhe assistência? Eu só queria que a medicina tivesse cuidado também dos bebês!]Eu fui questionado porque no Carnaval, eu estava no Carnaval, o Temporão apareceu lá, ele e a equipe de Saúde, distribuindo preservativos. E eu joguei preservativos. Ora, eu não posso, como pai e como presidente da República, fingir que distribuir preservativos é ruim. [Opa! Então quer dizer que o pai agora já não pode mais negar que a distribuição de preservativos é ruim!] Quem sabe o que significa a Aids, quem sabe o que significa a doença, tem mais é que levantar a cabeça e falar: “o governo tem que tratar dessas coisas, sim”. [Opa, aqui eu fico em dúvida se o presidente errou a preposição e quis dizer “tratar essas coisas”, se referindo a AIDS, ou se em algum sentido quase perdido no meio da frase mal construída ele quis dizer que o governo tem de falar disso… Sei lá! O que eu sei é que ninguém no mundo — acho eu, talvez algum lunático seja uma exceção — acha que o governo não deve tratar a AIDS ou tratar da AIDS. O problema é o “como”]

Se perguntarem para mim: “Lula, você, homem, é contra ou a favor do aborto?” Eu falo: como cristão, eu sou contra o aborto – poderia dizer. Agora, como chefe de Estado eu tenho que tratar como uma questão de saúde pública. Não pode ser diferente.” [“Ai, Amara! Jogasse o sabonete, pegou na minha cara!” Mais liso, impossível. Lula, então, tem três pessoas. Eu sempre achei que endeuzavam o presidente, especialmente depois que construíram um parque aqui em Recife em homenagem à Lindu, sua mãe, sendo que ela sequer morou em Recife. O mérito de Lindu é ser mãe de Lula, e o parque lhe é merecido pelos méritos do seu divino excelentíssimo filho! Aqui Lula, homem, cristão e chefe de Estado tem três posições sintomáticas:

Quando perguntam ao homem Lula, o homem Lula responde como cristão, sem antes de terminar fazer a ressalva de que “poderia dizer”. Óbvio, o homem Lula não pode se comprometer com a posição cristã do cristão Lula! Então, o homem Lula diz que o cristão Lula poderia dizer que era contra o aborto. Ok. Mas o presidente Lula — como é da essência do seu gênero, os políticos, ser escorregadio — diz que tem que tratar como uma questão de saúde pública.

Recapitulando: o homem Lula, que nada fala de si mas fala pelos outros, diz que como cristão Lula poderia dizer que é contra o aborto (sabe-se lá o que isso significa “poder dizer ser contra o aborto”), mas como presidente é uma questão de saúde pública. Ora, eu, Erickson, indivíduo uno, sou contra o aborto e também acho que é uma questão de saúde pública… Uma questão de saúde dos bebês, saúde psíquica da mãe que aborta e de a saúde mental da população que parece ser emburrecida a ponto de engolir um absurdo desses!

Não pode ser diferente…

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Às vezes, encontramos gratas surpresas na “mídia convencional”. Encontrei um excelente artigo publicado n’O Estado de São Paulo de segunda-feira última, dia 17 de novembro; não sei se saiu na mídia impressa mas, em todo caso, é já excelente que tal matéria esteja publicada na internet. Leiam-no na íntegra.

O texto é de autoria do dr. Carlos Alberto Di Franco, e fala sobre uma coisa que foi objeto de discussão recente neste espaço virtual: AIDS e preservativos. Sem a menor preocupação com o politicamente correto, o dr. Di Franco questiona abertamente o “dogma” moderno segundo o qual a maciça distribuição de preservativos é o remédio infalível para vencer o vírus da AIDS. E traz dados interessantes: “nos últimos dez anos, a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana, o HIV, avançou na população mais escolarizada de São Paulo”. Ou seja: a (des)educação sexual não resolve o problema, antes piora-o. Contra fatos, não há argumentos. Cito o dr. Di Franco, com grifos meus:

Há alguns anos, nos Estados Unidos, o Institute for Research and Evaluation lançava uma advertência certeira, embora politicamente incorreta. “É um erro acreditar que com mais preservativos se evitem os comportamentos perigosos”, declarava o porta-voz da entidade. Pesquisas revelavam, então, que adolescentes bem informados continuavam tendo condutas sexuais de alto risco. A informação, despida de orientação comportamental, acaba sendo contraproducente.

E, arrematando:

A raiz do problema, independentemente da irritação que eu possa despertar em alguns, está na onda de baixaria e vulgaridade que tomou conta do ambiente nacional. Como já escrevi neste espaço opinativo, hoje, diariamente, na televisão, nos outdoors, nas mensagens publicitárias, o sexo foi guindado à condição de produto de primeira necessidade. É ridículo levar um gordo a um banquete e depois, insensatamente, querer que evite a gula.

Até quando os organismos públicos continuarão abordando irresponsavelmente o problema? Apesar de achar muitíssimo improvável que os “formadores de opinião” dêem o braço a torcer, gostaria apenas de registrar aqui que a Igreja estava certa. Mais uma vez, para variar.

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Mais um escândalo envolvendo pessoas (pretensamente) ligadas à Igreja nesta Terra de Santa Cruz: pastorais (católicas) de combate à AIDS distribuem camisinhas. Segundo a reportagem d’O GLOBO:

No trabalho de prevenção, elaboram um material que, até bem pouco tempo, seria impensável vincular a uma entidade ligada à Igreja, com textos como: “Use camisinha em toda relação sexual, seja ela vaginal, anal, ou oral. Reduza o número de parceiros (as) sexuais”.

Uma semelhante afronta à moral sexual da Igreja é injustificável. De acordo com a reportagem, as ONGs que fazem esta desgraça são ligadas à Pastoral de DST/AIDS da CNBB. A pastoral tem um site próprio, no qual não se encontram (graças a Deus) os delírios perpetrados pelas ONGs que, de católicas, não têm nada. No entanto, é de se lamentar profundamente que, neste site, tampouco apareçam, sequer uma única vez, palavras como castidade ou abstinência. Quando a única política de combate à AIDS que obteve sucesso no mundo inteiro – aplicada na Uganda – baseia-se, justamente, em abstinência sexual e fidelidade conjugal, é frustrante ver pastorais da Igreja Católica ignorarem cinicamente o Seu ensino para ficarem embromando nos meios de comunicação oficiais e, extra-oficialmente, distribuindo camisinhas para as pessoas que precisam de uma reta educação moral.

Por que o exemplo da Uganda não está no site oficial da Pastoral de DST/AIDS da CNBB, alguém pode explicar? Os contatos da pastoral (retirados do site da CNBB) estão abaixo:

Endereço

Secretário Executivo – Frei José Bernardi
Assessor Nacional
– Frei Luiz Carlos Lunardi

Rua Hoffmann, 499
Bairro Floresta
CEP 90220-170

Porto Alegre – RS

Tel: (51) 3346-6405 / 3395-5145

E-mail: secretaria@pastoralaids.org.br

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Se até o GLOBO noticia, então é porque a verdade é tão evidente que não dá mais para camuflar: risco de contrair HIV ainda é mais alto em gays. Uma notícia análoga já havia sido comentada aqui.

Os “[h]omens que fazem sexo com homens são 19 vezes mais propensos a contraírem o vírus HIV do que a população em geral”, como diz o GLOBO, risco que pode chegar a ser “179 vezes maior na Bolívia” – os negritos são meus. A doença – que “foi inicialmente detectada entre os gays” no início da década de 80 –  espalhou-se tanto desde então que os especialistas reunidos na Conferência Internacional de Aids chegaram à conclusão de que “governos e agências de saúde internacionais não souberam lidar com a crescente epidemia de HIV entre homens que fazem sexo com homens”.

Por “agências de saúde internacionais”, entenda-se ONU e OMS. Por “não souberam lidar”, entenda-se insistiram no uso “panacéico” do preservativo. Quem vai se levantar contra estes irresponsáveis que são, em última instância, os responsáveis diretos pela não-contenção da doença?

Incluam no rol dos [ir]responsáveis o Ministério da Saúde do Brasil. Porque, afinal, permanece no site do Programa Nacional de DST e Aids:

P. Atualmente, ainda há a distinção entre grupo de risco e grupo de não risco?
R. Essa distinção não existe mais. No começo da epidemia, pelo fato da aids atingir, principalmente, os homens homossexuais, os usuários de drogas injetáveis e os hemofílicos, eles eram, à época, considerados grupos de risco. Atualmente, fala-se em comportamento de risco e não mais em grupo de risco, pois o vírus passou a se espalhar de forma geral, não mais se concentrando apenas nesses grupos específicos. Por exemplo, o número de heterossexuais infectados por HIV tem aumentado proporcionalmente com a epidemia nos últimos anos, principalmente entre mulheres.

E, seguindo a mesma linha da inversão da realidade, os comentários postados na página da notícia chegam ao ridículo:

#  Faísca 05/08/2008 – 14h 22m
Os homofóbicos de plantão se esquecem de que foi a atitude dos gays que contribuiu para se estancar a epidemia de aids, pois este grupo logo se mobilizou e deu sua contribuição. O que acontece hoje é que a homofobia impede campanhas voltadas para este grupo e os jovens gays como não viram a epidemia no auge não têm tanto medo da aids. Pesquisas indicam que os jovens gays pouco vão ao médico por medo do preconceito. Omissão do Governo, desinformação e preconceito deixam os gays sem amparo algum.

Oras, a simples afirmativa de que havia grupos de risco sempre foi – e ainda é – tachada de homofobia! Agora, a culpa do crescimento da doença entre os gays, ao invés de ser daqueles que militaram para convencer o mundo inteiro de que não há risco de contágio adicional algum associado ao homossexualismo, é dos “homofóbicos” que sempre disseram o contrário! Haja paciência…

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