O Fratres in Unum publicou os extensos comentários de Dom Fernando Rifan sobre o levantamento das excomunhões dos bispos da FSSPX. São dezoito páginas, que falam sobre assuntos os mais diversos, desde as críticas da Fraternidade quando da criação da Administração Apostólica, passando pela excomunhão de Dom Mayer, até – mais importante – as “QUESTÕES DOGMÁTICAS E ECLESIOLÓGICAS QUE O CARDEAL RICARD DISSE QUE PRECISAM SER RESOLVIDAS PARA TERMINAR O CISMA”.
Ninguém nega a existência de questões teológicas seriíssimas a serem discutidas – e com a máxima urgência – dentro da Igreja; ninguém nega que a Fé Católica é, infelizmente, muitíssimo pouco conhecida neste mundo que tem tanta necessidade do Salvador; ninguém nega que, dolorosamente, contribuem para estas estatísticas não poucos “católicos” de péssima formação. Estou particularmente convencido, no entanto, de que todas essas coisas precisam ser resolvidas do jeito certo, sem “desperdiçar munição” com questões de somenos importância e sem inventar inimigos para engrossar as já enormes fileiras dos inimigos reais contra os quais é mister combater.
Vejo muito isso quando me deparo com alguns comentários mais exaltados de certos católicos que – não tenho dúvidas! – sofrem com a situação atual da Igreja e desejam sinceramente que Ela seja exaltada. De ontem para hoje recebi um email dizendo que Dom Rifan “debandou para o lado modernista de vez”, e pensei cá com os meus botões o que raios poderia significar isso. Talvez fosse uma referência aos comentários que o Fratres publicou… mas, de qualquer modo, incomoda-me tremendamente esta visão grosseira sobre os fatos, segundo a qual são “ilicitilizadas” quaisquer posições que destoem, um mínimo que seja, da cartilha de um certo “tradicionalismo” – as aspas são aqui colocadas pelos motivos já por mim explicados – que pretende ser ele próprio a Coluna e Sustentáculo da Verdade, prescindindo da Igreja fundada por Cristo.
Não vejo necessidade alguma de que Campos e os padres da FSSPX comecem a travar uma guerra agora. Há coisas mais importantes a serem feitas. No entanto, para que tal embate improfícuo seja evitado, é necessário que alguns católicos parem de considerar posições completamente lícitas como se fossem “traições da Fé”. Em particular, remeto à carta do então cardeal Ratzinger a Mons. Lefebvre, de 23 de dezembro de 1982, reproduzida por Dom Fernando Rifan, que pede a assinatura do bispo francês para duas proposições muito simples:
1. Eu, Marcel Lefebvre, declaro minha adesão com religiosa submissão de espírito à integridade da doutrina do Concílio Vaticano II, ou seja, doutrina « enquanto se entende a luz da santa Tradição e enquanto se refere ao perene magistério da propria Igreja (cf. Joao Paulo II, Alocução ao Sacro Colégio, 5 nov. 1979, AAS LXXI (1979/15) p. 1452). Esta religiosa submissão leva em conta a qualificação teológica de cada documento, como foi estatuída pelo próprio Concílio (Notificação dada na 123a Congr. Geral, 16 nov. 1964).
2. Eu, Marcel Lefebvre, reconheço que o Missal Romano, estabelecido pelo Sumo Pontífice Paulo VI para a Igreja universal, foi promulgado pela legítima suma autoridade da Santa Sé, a quem compete na Igreja o direito da legislação litúrgica, e por isso mesmo e em si mesmo legítimo e católico. Por isso, não neguei nem negarei que as missas fielmente celebradas segundo o novo rito sejam válidas e também de nenhum modo desejaria insinuar que elas sejam heréticas ou blasfemas nem pretendo afirmar que devam ser evitadas pelos católicos.
Sinceramente, não consigo ver como tais proposições possam ser “intrinsecamente más”, para que não pudessem de modo algum ser aceitas por católicos sob pena de constituírem uma apostasia ou uma capitulação ao modernismo (muitíssimo ao contrário, não consigo ver nenhum motivo razoável para que elas não fossem, em substância, aceitas). Eu próprio subscreveria (e subscrevo) a declaração acima; e, para que se possa trabalhar eficazmente na solução da crise da Igreja, é de fundamental importância que os católicos não considerem um “modernista” ou um “apóstata” ou um “traidor da Fé” quem fizesse semelhante declaração.
Caro Jorge Ferraz,
Seu artigo é pertinente. No entanto, mais que considerar os últimos acontecimentos sob o prisma da Fraternidade, que parece querer submeter-se a Roma a qualquer custo, vale observar o porquê de Dom Fernando trazer a tona justamente agora, e com essa linguagem, cheia de ressentimentos, as questões doutrinarias que estão no cerne da resistência da Fraternidade.
Contraditórias parecem ser as declarações de um bispo, que durante muitos anos, com seus colegas de Campos, sob a direção de Dom Castro Mayer, esteve na mesma posição da Fraternidade. Por que hoje ele cala os documentos antigos, inclusive do Bispo que o ordenou, e que morreu mantendo sua posição de critica severa ao Vaticano II e a Nova Missa?
Penso que nem eles, os então conhecidos Padres de Campos, nem a Fraternidade e quaisquer outros movimentos, estiveram ou estão fora da Igreja, quando todos sempre lutaram para manter a Tradição e defender a Igreja contra a pior heresia de todos os tempos: O Modernismo! Estão verdadeiramente fora da Igreja os que negam as verdades fundamentais da Fé Católica.
Dois pesos e duas medidas…
Sobre Dom Rifan, é óbvio que ele não reza mais a cartilha de Dom Mayer, mas uma guerra entre FSSPX e Administração Apostólica São João Maria Vianney é tudo o que a Igreja não precisa agora, afinal, já temos a corja de lobos modernistas e progressistas (mais a imprensa, os judeus,etc) tentando solapar o Sagrado Depósito da Fé e o pontificado de S.S. Bento XVI. Rezemos pelo Santo Padre.
O “Fatres in Unum” também publicou a notícia sobre a REMISSÃO DA EXCOMUNHÃO:
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Que bonitinho. Finalmente, foi escrito corretamente: a remissão do pecado da excomunhão dos bispos sagrados ilicitamente. O perdão do pecado da excomunhão “ex nunc”.
Dom Rifan é um bispo muito corajoso e de admirável atitude.
Aspas sobre “tradicionalismo” estão muito bem colocadas, errado é chamar essas pessoas de rad-trad, porque quem é radicalmente a favor da tradição da Igreja Católica tem de também o ser também a favor do Concílio Vaticano II. O mais correto seria chamá-los pelo que são: pseudo-tradicionalistas ou pseudo-tradicionais.
Obsv: aspas sobre “ex nunc” e “Fratres in Unum” estão colocadas por serem palavras estrangeiras e não no sentido delicadamente enfeitado de duvidar desse “tradicionalismo” que, de um lado nega a autoridade do Papa (sedevacantismo) e, por outro, nega a catolicidade dos Concílios Papais.
Que Deus nos livre da maldição do pseudo-tradicionalismo!
Vide link:
http://fratresinunum.wordpress.com/2009/02/04/nota-da-secretaria-de-estado/
Dona Emanuelle,
Que tolinha…
Deus nos livre de católicos como a senhora.
Valha-me Deus…
Somente uma pseudo-católica carismática poderia mesmo chamar Dom Rifan de muito corajoso e de admirável atitude.
Deus nos livre dos pseudo-católicos, carismáticos modernistas, relativistas e outros istas.
Sr. Leopoldo,
Engraçado o Sr. vir a este sítio falar isso. Pelo que entendo (salvo ledo engano), o Sr. Jorge Ferraz os chamou de “tradicionalistas”, entre aspas bem enfatizáveis e já deu a entender, por múltiplos motivos e de todas as formas que os senhores:
1. Acham que a Sagrada Tradição parou até antes do Concílio Vaticano II tal como os protestantes pensam que após as Sagradas Escrituras, nada mais pode ser considerado como sendo parte da Sagrada Tradição;
2. Pensam que são a própria Sagrada Tradição! E querem retomar, tal qual os protestantes, aquele “cristianismo primitivo” que os protestantes acham hoje serem portadores pois acusam a Igreja Católica de deturpadora da Palavra de Deus, apesar de, um dia, ter sido santa (sic);
3. Insistem em qualificar de modernistas, relativistas e outros istas pessoas que desconhecem completamente. Afinal, basta não concordar com a interpretação que vocês têm, segundo o livre-arbítrio e a “inspiração” que de algum lugar recebem para tanto (como os protestantes que pensam receber a inspiração do Espírito Santo e agem, segundo essa livre interpretação, formando suas seitas pelas esquinas). Agora temos as seitas dos pseudo-tradicionais: os sedevacantistas, os que são contra o Concílio Vaticano II somente, têm alguns que são contra até o Rito Tridentino e pensam que o Rito em língua Grega é que deveria ser proferido na Igreja (rs);
Sabe o Sr. Leopoldo que xingar alguém de modernista é extremamente forte porque estes estão sujeitos à excomunhão. Por isso repete essa asneira à torto e à direito. Mas reage de pronto quando falo do pseudo-tradicionalismo que paira na cabeça de alguns, tanto que veste a carapuça bem rapidinho e fica todo ofendido.
Dom Rifam é um Bispo de muito valor que reconheceu seu erro e se reintegrou totalmente à Igreja de Deus, um exemplo que deve ser seguido por todos e que penso, de todo o coração, que será seguido pelos bispos que se livraram da maldição da excomunhão. Somente os “tolinhos” como o Sr, delicadamente coloca, é que continuarão obstinados nesses erros crassos.
E, como já disse, não tenho a mínima necessidade de auto-afirmação para ficar dizendo que não sou isso, mas aquilo (etc). Pense o quiser, Sr. Leopoldo e passe muito bem. Ah, vou pedir para amigos que tenho da RCC, um grupo que, de fato, faz mais bem a Igreja que essa turminha do barulho, que reze ao estilo de “dom de línguas” pelo Sr. Leopoldo! Ele precisa. hehehehehe
Saiu a Sandra e ficou suplente…
É bom que fique claro que esse Rodrigo sem sobrenome que sempre posta por aqui não é o Sr. Rodrigo R. Pedroso, o qual admiro e tenho muito respeito por muitos motivos.
Parece que gosta de ser confundido não tendo coragem de colocar seu nome completo, visto a inteligência do Sr. Pedroso ser realmente descomunal e a dele (silêncio).
O Sr. Rodrigo sem sobrenome deveria fazer um bem à humanidade: ou mudar de atitude ou mudar de nome.
Meu nome completo é Rodrigo Ruiz. Algum problema? Quer meu RG também? Faça um favor, não me dirija a palavra, afinal vc me havia pedido isso anteriormente. Mas, se a carapuça de suplente da Sandra lhe serve…
Pare de molecagens, menina, vá buscar o que fazer!
Que tal se vc fizer um bem à humanidade também: Crescer!!!
As infantilidades dessa pessoa estão passando dos limites, isso não é atitude digna de uma católica que diz não precisar auto-afirmar-se, ao contrário, cada postagem dela é uma tentativa risível de mostrar-se superior aos outros postadores que lhe desagradam por não compartilharem de suas opiniões pouco interessantes.
É atitude de gente que ainda não amadureceu.
Seria muito bom que a discussão ficasse nos argumentos e não resvalasse para as pessoas. Até porque começaram a usar a Sandra Nunes como comparação, ela que foi moderada neste blog justamente por passar aos ataques pessoais. Se as pessoas não têm argumentos para se contrapor às opiniões alheias, é preferível que permaneçam em silêncio, em vez de rotulá-las de “modernista” ou outros elogios.
Caríssimos,
Faço coro aos pedidos do Rodrigo Pedroso. Por caridade, parem com as agressões pessoais. É tempo dos católicos cerrarem fileiras em torno do Papa, parando de se espezinharem – aliás, foi precisamente isso que eu quis dizer com este post.
Abraços,
em Cristo,
Jorge Ferraz
Sr. Jorge Ferraz,
O senhor tem toda razão. Devemos cerrar fileiras.
Sr. Rodrigo Pedroso,
O sr. leu mesmo o comentário da senhora Emanuelle?
Ou ela pode fazer chacota, chamar de pseudos tradicionalistas, dizer infantilidades e tudo bem?
Será que ela pode porque o admira?!!? Ofender o sr. Rodrigo Ruiz ela tb pode?
Não podemos chamá-la de modernista? E porque não se é o que ela é?
ISto posto,, (desabafei) fiquemos nos argumentos.
Peço perdão aos demais postadores e ao Jorge Ferraz se, por algum motivo, prejudiquei esta discussão tão importante. Não tenho a intenção de ofender a ninguém, não uso a internet para isso, mas sim como instrumento de informação, conhecimento e partilha.
Tampouco estava me escondendo por detrás de um nome qualquer. Meu nome é esse mesmo, Rodrigo Ruiz (do qual muito me orgulho por ser o nome de um santo mártir espanhol, sacerdote, vítima da intolerância islâmica, cuja festa é a 13/03) e quanto à minha inteligência ser maior ou menor, isso não importa, importa que estou aqui para aprender o que não sei e partilhar o que sei. Não vim aqui para desfilar conhecimentos em busca de holofotes.
Infelizmente, atitudes preconceituosas existem e, se existem, certamente são por falta de maior discernimento e boa vontade.
Amigo Leopoldo, grato pela sua defesa.
Que o Divino Espírito Santo ilumine à todos nós e fortaleça nosso amor e nosso desejo de cerrar fileiras Pro Christo et Ecclesia.
Abraços
Hoje, assim como no passado, o Santo Padre, na pessoa de Bento XVI é alvo de uma campanha torpe levada à cabo por diversas personalidades, tanto da hierarquia e clero católicos, quanto dos não-católicos e da imprensa em geral.
Hoje, estamos diante de uma nova Lepanto que se faz tão dramática quanto àquela ao qual acudiram as esquadras católicas, numericamente inferiores, mas que, graças ao Santo Rosário e à valentia dos cristãos, irmanados no ideal da defesa da cristandade ameaçada, triunfaram dos inimigos da Igreja.
Hoje, o Rosário ainda é a arma potente contra as hostes inimigas de dentro e fora da Santa Igreja.
Crianças,
Quem fala o que quer, ouve o que não quer. Se não aguenta o trampo, não vale chorar, viu?
Caríssimos,
Peço mais uma vez que as alfinetadas sejam evitadas; são desnecessárias.
Abraços,
Jorge
Enquanto o nível deste tópico estiver assim, vou me eximir, de ora em diante, da postagem de qualquer resposta à afrontas que me forem feitas. Não preciso disso, nem o blog tampouco. Perdem todos com isso.
Rodrigo Ruiz,
Cerro fileiras com o senhor.
Sinceramente não é possível o debate aqui.
O blog como o senhor disse não precisa e não precisamos.
Sr. jorge Ferraz,
Sinceramente, quem começou a alfinetar por aqui?
Bem meu caro, fique tranquilo, estou batendo em retirada.
Tanto da leitura quanto de comentários. Afinal não é esse um blog para pseudos tradicionalistas, ou tradicionalistas. Já entendi.
Em Cristo,