[Publico a tradução de um artigo do rev. Pe. Thomas Euteneuer, presidente da Human Life International, que recebi por email, e fala sobre a vitória do presidente abortista nas eleições americanas deste ano. O original se encontra aqui.
Que Deus salve os Estados Unidos.]
Não temos rei, a não ser César!
Agora que as eleições terminaram, já podemos separar os católicos verdadeiros daqueles que apenas se dizem católicos. Os que estão perplexos com o resultado das eleições, podem estar certos de que estão em boa companhia, junto com os santos.
Mas os que assinalaram seu voto na opção que em ultima analise representa o sangue dos abortados, e tomaram a decisão de ficar com a cultura da morte, necessitam fazer um sério exame de consciência. Vejamos agora o que fizemos para nos mesmos.
Os Estados Unidos fizeram a escolha de seu líder máximo, que não foi boa. Na realidade, foi um dos golpes mais devastadores contra a civilização cristã em toda a historia americana, e não estou usando linguagem figurada.
Madre Teresa de Calcutá disse uma vez que “a nação que mata seus filhos não tem futuro”. Do mesmo modo, o padre Benedict Groeschel comentou recentemente que entramos no “começo do crepúsculo” de nosso país. São palavras terríveis, mas que descrevem a realidade da eleição do mais extremado candidato pró-aborto, que infelizmente os norte-americanos elegeram para ocupar o mais alto cargo público da nação.
Mas isso já aconteceu no passado. Quando o profeta Samuel se queixou de que o povo hebreu estava pedindo um rei, o Senhor lhe respondeu que eles não estavam rejeitando o profeta, mas o próprio Deus, Sua soberania e autoridade sobre eles (1 Sam. 8). Mais de mil anos depois, o mesmo povo rejeitou seu Deus mais uma vez, quando, diante de Pilatos, gritou “Não temos rei, a não ser César!”
No fundo, agora novamente escolhemos Barrabás, em vez de Cristo. E escolhas têm conseqüências. As conseqüências dessa eleição ficarão impressas na consciência da nação por muitos anos. E uma delas é que, ao eleger abortistas radicais para nos governar, tanto na Presidência quanto no Congresso, perdemos a bênção prometida no Salmo 41:1-4:
“Bem-aventurado é aquele que dá atenção ao necessitado e ao pobre para os socorrer; o Senhor o salvará no dia mau. O Senhor o guardará, e lhe conservará a vida; e o fará feliz aqui na terra, e não o entregará ao desejo de seus inimigos. O Senhor lhe dará auxílio no leito da dor; na sua enfermidade, aliviá-lo-á de todo o incômodo”.
É difícil para os norte-americanos imaginarem que uma terra tão abençoada possa ser privada de tal bênção. Entretanto, fizemos nossa cama e devemos deitar-nos nela.
Isto não aconteceu sem antes ter havido sérios e prolongados avisos sobre a institucionalização do mal. Não podemos dizer que não fomos alertados.
Quando a persuasão moral sobre a matança de inocentes não funcionou, a ciência e a razão foram nossas testemunhas. Quando a ciência foi ignorada e depois cooptada para as obras da morte, a AIDS e as doenças venéreas vieram despertar as consciências das pessoas. Mas não obtiveram grande resultado.
Deus teve então, nos últimos dez anos, que permitir o ataque violento do terrorismo, furacões, tornados, enchentes, incêndios florestais, terremotos e tsunamis. Ele certamente pensou que iríamos nos dar conta da cruel realidade da Cultura da Morte, e que nos arrependeríamos.
Como isso não aconteceu, Ele nos atingiu no ponto mais sensível do corpo humano: nosso bolso. Ele pensou que o enorme aumento dos preços da gasolina e a recente crise financeira certamente trariam o resultado desejado.
Mas, aparentemente, isso não funcionou tampouco, porque nosso povo com dureza de coração recusou ser dissuadido de sua luxúria pelo aborto, e elegeu todos aqueles que servirão a essa agenda malsã nos próximos anos.
Devemos cair de joelhos e nos arrepender do fundo dos nossos corações, pela praga que acabamos de trazer para o nosso querido pais.
Ao mesmo tempo, meus amigos, apesar desse panorama sombrio, é hora de agradecermos a Deus Nosso Senhor pelos dons da vida, do amor e da familia, que temos recebido. É também hora de nos engajarmos com seriedade em obras para resgatar nossa cultura. Então, eventualmente, os políticos acompanharão o crescimento de uma nova cultura pró-vida, a partir das sementes que hoje estamos plantando.
Sinceramente vosso em Cristo,
Rev. Padre Thomas Euteneuer,
Presidente da Human Life International
Sinceramente teria dificuldade de subscrever esse artigo, mas sobre ele me assomam uma dúvida e um temor.
A dúvida é: porque se considera que a eleição de Obama é tão ruim em relação ao tema aborto? Nos EUA já não há uma total permissão à prática desse crime? O que mais pode piorar? (não falo das pesquisas com CTEs).
O temor: aparentemente Obama tem montado uma equipe bem mais “conservadora” do que se esperava nos campos econômico, relações externas, etc. Isso me faz temer que tentem compensar a “agenda liberal” com legislações que avancem na cultura da morte, no ideologismo gay, etc…
Di Fiore,
Quanto à dúvida, não, não há “total permissão” à prática do crime do aborto nos Estados Unidos. Talvez esta leitura ajude a clarear um pouco:
http://contra-o-aborto.blogspot.com/2008/11/obama-perdeu.html
Quanto ao temor, também é o meu…
Abraços,
Jorge
O que posso dizer?
O link acima fala por si mesmo… E o pior é que os brasileiros desinformados (ou maldosos mesmo) vão utilizar a “simpatia” que nutrem por este indivíduo em prol da causa do aborto… depois, a eutanásia… depois, a legalização da pedofilia…
A união civil de pessoas do mesmo sexo já está quase que escancarada…
Bush não poderia ter feito pior… Entregou de bandeija o cargo de presidente ao abortista Obama quando invadiu o Iraque…
Onde iremos parar?
É verdade…
http://contra-o-aborto.blogspot.com/
É preciso ser forte para ser verdadeiramente católico… O mundo nos odeia! Ser católico como alguns é fácil demais…
“Como isso não aconteceu, Ele nos atingiu no ponto mais sensível do corpo humano: nosso bolso. Ele pensou que o enorme aumento dos preços da gasolina e a recente crise financeira certamente trariam o resultado desejado.”
Acredito que esse trecho esteja realmente um pouco exagerado.
Que Deus permite essa crise e tem sues planos, é fato. Mas querer sondar os mistérios da Providência Divina também me parece exagerado.
Acho que os Americanos não tiveram muita escolha. Um novo Bush estava realmente fora de cogitação. É conservador em relação ao aborto, mas ataca outras nações deixando pessoas multiladas ou até mortas. E pra mim é algo tão grotesco quanto o aborto.
Além disso os republicanos querem destruirs as reservas naturais e poluir o ambiente, se negão a diminuir a emissão de poluentes na atmosfera. Sendo assim nossos filhos e netos não teriam um futuro.
Lucas,
A questão da Guerra é sem dúvidas importante, mas a do aborto é muito mais. Como disseram uns bispos americanos, «Não importa quanta razão tenha um candidato sobre estes temas [como os imigrantes, a assistência à saúde, a economia, o cuidado e a preocupação pelos pobres, a guerra e o terrorismo], se não superar a posição inaceitável a favor de um mal intrínseco, como o aborto ou a proteção dos direitos do aborto».
Abraços, e feliz natal.
– Jorge
R. B. Canônico
“…um pouco exagerado”
Você foi elegante no seu comentário.
Ele é extremamente exagerado!
Para esse Padre Deus é vingativo, que absurdo.
[…] 12, 2009 por Jorge Ferraz [É com prazer que publico a continuação do “Não temos rei, a não ser César”, pelo pe. Thomas Euteneuer, cuja tradução foi-me gentilmente enviada por email pelo sr. Raymond de Souza. O original está […]